PEGADA ECOLÓGICA BRASILEIRA

A pegada ecológica do Brasil está um pouco abaixo da média mundial. Em 2005, segundo a organização não-governamental ambientalista WWF, os brasileiros consumiam cerca de 30% além da capacidade do planeta.
Em todo o mundo, o consumo equivale a aproximadamente um planeta e meio. Isso significa que a capacidade regenerativa da Terra não consegue acompanhar a velocidade da transformação de recursos em produtos de consumo e geração de resíduos.
Apesar do aumento de sua pegada ecológica nos últimos anos, o Brasil ainda é considerado um credor ecológico, ou seja, com riqueza natural interna superior ao consumo de sua população.
As emissões de CO2 são ainda responsáveis pela maior fatia da pegada ecológica brasileira, já que o país está entre os maiores emissores do mundo, principalmente em razão do desmatamento.
Dados da Rede Clima, ligada ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), indicam que a emissão média anual do Brasil é de 10 toneladas de gás carbônico (CO2) por pessoa, o dobro da média mundial.
Historicamente, o desmatamento responde por cerca de 50% das emissões brasileiras de gases causadores do efeito estufa. Como houve redução no desmatamento desde 2005, as emissões brasileiras hoje são menores do que naquele período.
Segundo o climatologista Carlos Nobre, pesquisador do Inpe, a matriz energética brasileira está ficando gradualmente menos limpa. Por outro lado, nos últimos cinco ou seis anos aumentou o uso de bioetanol, combustível considerado menos poluente.

FONTES: Irineu Tamaio, coordenador do programa de educação para sociedades sustentáveis do WWF-Brasil, e Carlos Nobre, pesquisador do Inpe e presidente do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas

Família brasileira encara desafio de reduzir impacto ambiental

Entrando no clima da COP-15, a reunião sobre mudanças climáticas em Copenhague, que terá início semana que vem, uma família paulistana de classe média aceitou o desafio de tentar reduzir sua pegada ecológica, e vai dividir com os leitores da BBC Brasil os sucessos e fracassos dessa empreitada.
Durante uma semana, a jornalista Rose Silva, 43 anos, seu marido, o cientista político Giorgio Romano Schutte, 46, e os filhos, Isadora, 11, e Angelo, 8, vão relatar as pequenas mudanças que farão em sua rotina com o objetivo de reduzir seu impacto ambiental.
Tradução do termo inglês ecological footprint, a pegada ecológica é um indicador de sustentabilidade que mede o quanto de recursos naturais pessoas, famílias, empresas ou países consomem e o quanto de lixo produzem no período de um ano.
A experiência da família de Rose não pretende ser científica, já que não se mediu sua pegada ecológica em detalhes antes do início dos relatos e também não se pretende fazer uma medição formal ao fim de apenas uma semana.
Aqui o termo será usado no sentido de demonstrar mudanças simples de comportamento que podem tornar o dia-a-dia de uma família mais sustentável.
Depois de fazer um resumo de seus hábitos cotidianos, a família recebeu dicas de especialistas do Instituto Akatu pelo Consumo Consciente, entidade focada na mudança de comportamento do consumidor.

Rotina

Rose, o marido e os filhos vivem em uma casa de três quartos no bairro de Vila Mariana, em São Paulo, e têm rotina semelhante a de muitas famílias de classe média das grandes cidades brasileiras.
As crianças estudam perto de casa, e costumam ir a pé para a escola. Na volta, usam transporte escolar.
Rose também vai a pé para o trabalho. Giorgio, porém, é pesquisador do Ipea em Brasília, e passa a semana na capital federal. Lá, ele usa o transporte público.
O carro acaba saindo da garagem somente nos finais de semana, o que reduz bastante as emissões de gases causadores do efeito estufa. No entanto, as viagens semanais de avião feitas por Giorgio são fonte de emissões.
Segundo os especialistas do Instituto Akatu, usar cada vez menos o automóvel e mais o transporte público, bicicletas ou mesmo se deslocar a pé ajuda a reduzir as emissões. São necessárias nove árvores para absorver as emissões anuais de um carro pequeno a gasolina que roda 30 Km por dia.
Em casa, Rose tenta não deixar luzes acesas ou aparelhos eletrônicos, como TV ou computador, ligados quando não há alguém no ambiente. Segundo ela, porém, as crianças nem sempre têm esse cuidado.
A família também separa o lixo seco do orgânico e tenta evitar o desperdício de alimentos. A maior parte do lixo produzido no país é de restos de comida, e o lixo orgânico de apenas um brasileiro emite, ao final de um ano, um volume de gases de efeito estufa equivalente ao absorvido por três árvores.
De hoje a sexta-feira, os leitores da BBC Brasil poderão acompanhar como Rose e sua família vão tentar alterar alguns hábitos em busca de um estilo de vida mais sutentável. Ao final dessa jornada, um especialista do Instituto Akatu vai avaliar o sucesso do desafio.
Fonte: BBC Brasil

Oceanos podem estar escondidos sob a crosta da Terra, indica estudo


Um estudo que mediu a eletrocondutividade no interior do planeta indica que talvez haja imensos oceanos sob a superfície da Terra.
A água é um condutor extremamente eficiente de eletricidade.
Por isso, cientistas da Oregon State University, nos Estados Unidos, acreditam que altos níveis de condutividade elétrica em partes do manto terrestre - região espessa situada entre a crosta terrestre e o núcleo - poderiam ser um indício da presença de água.
Os pesquisadores criaram o primeiro mapa global tridimensional de condutividade elétrica do manto. Os resultados do estudo foram publicados nesta semana na revista científica Nature.
As áreas de alta condutividade coincidem com zonas de subducção, regiões onde as placas tectônicas - blocos rígidos que compõem a superfície da Terra - entram em contato e uma, geralmente a mais densa, afunda sob a outra em direção ao manto.
Geólogos acreditam que as zonas de subducção sejam mais frias do que outras áreas do manto e, portanto, deveriam apresentar menor condutividade.
"Nosso estudo claramente mostra uma associação próxima entre zonas de subducção e alta condutividade. A explicação mais simples seria (a presença de) água", disse o geólogo Adam Schultz, coautor do estudo.
Mistério geológico
Apesar dos avanços tecnológicos, especialistas não sabem ao certo quanta água existe sob o fundo do mar e quanto dessa água chega ao manto.
"Na verdade, não sabemos realmente quanta água existe na Terra", disse um outro especialista envolvido no estudo, o oceanógrafo Gary Egbert. "Existem alguns indícios de que haveria muitas vezes mais água sob o fundo do mar do que em todos os oceanos do mundo combinados."
Segundo o pesquisador, o novo estudo pode ajudar a esclarecer essas questões.
A presença de água no interior da Terra teria muitas possíveis implicações.
A água interage com minerais de formas diferentes em profundidades diferentes. Pequenas quantidades de água podem mudar as propriedades físicas das rochas, alterar a viscosidade de materiais presentes no manto, auxiliar na formação de colunas de rocha quente e, finalmente, afetar o que acontece na superfície do planeta.
E se a condutividade revelada pelo estudo for mesmo resultado da presença de água, o próximo passo seria explicar como ela chegou lá.
"Se a água não estiver sendo empurrada para baixo pelas placas, seria ela primordial? (Estaria) lá embaixo há bilhões de anos?", pergunta Schultz.
"E se foi levada para baixo à medida que as placas lentamente afundam, seria isso um indício de que o planeta já foi muito mais cheio de água em tempos longínquos? Essas são questões fascinantes para as quais ainda não temos respostas".
Os cientistas esperam, no futuro, poder dizer quanta água estaria presente no manto, presa entre as rochas.
Este estudo teve o apoio da Nasa, a agência espacial americana.
Fonte: BBC Brasil

Aquecimento Global 'beneficiou Império Inca', diz estudo


Um estudo de sedimentos encontrados na região de Cuzco, no Peru, sugere que o antigo Império Inca se beneficiou de um período de aquecimento global que durou cerca de 500 anos - exatamente na época em que aquela civilização conheceu seu maior apogeu. O estudo, coordenado pelo pesquisador Alex Chepstow-Lusty, do Instituto Francês de Estudos Andinos em Lima, capital peruana, analisou como a evolução social e econômica verificada durante os anos incas se relacionam às mudanças climáticas nos Andes no mesmo período.
A conclusão é que séculos de temperaturas elevadas melhoraram as condições agrícolas e permitiram o cultivo de alimentos para sustentar uma população crescente e um exército poderoso.
O estudo analisou uma seqüência de sedimentos do lago Marcacocha, localizado 12 km ao norte de Ollantaytambo, um dos grandes assentamentos incas, contendo evidências das mudanças climáticas ao longo de milênios.
A pesquisa foi publicada no número atual na revista científica Climates of the Past.
Evidências
Durante a maior parte do primeiro milênio depois da era cristã, os sedimentos indicaram pouca presença de agricultura sustentada no lago, o que corresponderia a um período relativamente frio na região. A partir do ano 880, entretanto, os sedimentos passam a indicar um período de seca, que teria ocasionado a redução do volume do lago e eliminado duas culturas rivais andinas, os Wari e os Tiwanaku.
A elevação da temperatura nos Andes a partir de 1100 foi, na visão dos pesquisadores, literalmente o divisor de águas na evolução da civilização inca.
O derretimento das geleiras coincide com o advento de técnicas de irrigação que permitiram aos incas elevar sua produtividade agrícola e alcançar altitudes mais elevadas.
"Essa condição de aquecimento teria permitido aos Incas explorar as atitudes mais elevadas (após o ano 1150), construindo terraços agrícolas que empregavam irrigação alimentada por geleiras, em combinação com técnicas agroflorestais deliberadas", escreveram os pesquisadores.
Os pesquisadores relataram diversas evidências de pastos para llamas ao redor do lago entre 1100 e 1400, assim como de plantações de batatas nas áreas mais elevadas e de milho nos locais mais baixos. Além disso, eles verificaram níveis altos de pólen da Alnus acuminata, uma árvore andina cuja ocorrência está ligada ao reaproveitamento de solos agrícolas degradados.
Isto tendeu a desaparecer a partir do século 16, coincidindo com a chegada dos colonizadores espanhóis, em 1532.
"No contexto de doenças e de uma população decrescente, as comunidades foram forçadas a migrar ou a trabalhar sob o sistema de encomienda (escravidão por dívidas)", afirmaram os pesquisadores.
"A paisagem anteriormente cultivada rapidamente cresceu de forma descontrolada e os canais de irrigação e os terraços não mais foram mantidos, caindo em desuso."
Quando a ocupação agrícola da área voltou a ocorrer, após 1600, a ocupação se deu de forma bastante diferente, com os europeus trazendo seus próprios animais e técnicas agrícolas para a zona.
Conclusões
Para os pesquisadores, as evidências permitem estabelecer uma relação entre o desenvolvimento da civilização inca e as mudanças climáticas ocorridas nos Andes, sobretudo nos 400 anos mais significativos do império.
"Embora este crescimento meteórico tenha sido em parte devido à adoção de estratégias sociais inovadoras, apoiadas por uma grande força de trabalho e um exército poderoso, sustentamos que isto não teria sido possível sem o aumento da produtividade das colheitas, que está ligada a condições climáticas mais favoráveis", eles escreveram. Eles chamaram atenção para o fato de que o aquecimento na região do lago Marcacocha é apoiado por evidências semelhantes em outras regiões dos Andes. É cada vez maior a atenção dada por pesquisadores a um período de temperaturas globais maiores entre os séculos 9º e 14º da Idade Média em relação aos tempos modernos.
"A visão prevalente desse intervalo é a de que temperaturas elevadas foram experimentadas com certa intermitência e que, em certas regiões, se caracterizou por anomalias climáticas como secas prolongadas, aumento do nível de chuva e ventos de monções mais fortes", afirmaram.
Para eles, as evidências colhidas no lago Marcacocha não só reforçam os estudos sobre este fenômeno - que ainda é objeto de discussões no meio acadêmico - como apontam para um efeito positivo dele.
Para os cientistas as conclusões de quase mil anos atrás podem ser úteis no mundo de hoje. "Pode haver lições importantes para gerar desenvolvimento rural sustentado nos Andes à luz da futura incerteza climática", eles disseram.
Fonte: BBC Brasil

Fogão acústico converte biomassa em eletricidade


Um gerador de baixo custo pode ser uma benção para as populações dos países mais pobres do mundo. O projeto Score, coordenadoo pela Universidade de Nottingham, está desenvolvendo um fogão de queima de biomassa que também converte calor em energia acústica e então, em eletricidade, tudo em um único aparelho.
Os 2 milhões de libras (cerca de R$ 6,3 milhões) do projeto Score (sigla em inglês para “Fogão de Cozinhar, Refrigeração e Eletricidade”) tem unido especialistas do mundo todo para desenvolverem um gerador movido a biomassa. Um aparelho doméstico versátil e acessível como o Score pretende suprir as necessidades energéticas de comunidades rurais na África e na Ásia, onde o acesso à energia é extremamente limitado.
Pesquisadores do Departamento de Engenharia Elétrica e Eletrônica da Universidade de Nottingham estão trabalhando no gerador Alternador Linear – a parte que transforma energia sonora em eletricidade. O sistema usa configurações especiais de ímãs que geram energia elétrica a partir do som. Simulações computadorizadas do alternador linear foram bem sucedidas, e protótipos estão sendo construídos nas oficinas do departamento.
Os pesquisadores de Nottingham estão trabalhando com Dai-ichi, um dos maiores fabricantes de alto falantes da Malásia, para reduzir os custos de produção por meio de um projeto prático. Apesar de uma unidade do Score não lembrar fisicamente um alto falante comum, ele é compatível o processo de produção da Dai-ichi.
O objetivo do projeto Score é criar um gerador de alta eficência e baixo custo que possa ser usado nos países mais pobres do mundo. O gerador tem um custo-alvo de £20 (cerca de R$ 63) por lar, baseado na produção de um milhão de unidades. O gerador irá pesar entre 10 e 20kg. Espera-se gerar uma hora de uso de eletricidade por quilograma de combustível – que pode ser madeira, adubo, ou qualquer outro material de biomassa disponível localmente. [Scientific Blogging]

Reflexão


Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender...
O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...
Eu não tenho filosofia; tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe porque ama, nem o que é amar...

Fóssil de réptil paulista tem características únicas e revisa conhecimento sobre clima pré-histórico



Crocodilo-tatu. Esse nome, que parece saído de um conto de fadas, é a denominação do novo réptil pré-histórico brasileiro, o Armadillosuchus arrudai. O animal pertence ao grupo dos crocodilomorfos, parentes dos crocodilos atuais, mas apresenta características nunca antes encontradas nesses espécimes, como uma couraça similar à do tatu e a capacidade de mastigar alimentos, o que sugere uma versão diferente para o clima no fim do Cretáceo, há 90 milhões de anos, quando ele viveu. Descrito por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) a partir de fósseis (cabeça, couraça e pata) encontrados em 2005 pelo professor do Ensino Médio João Tadeu Arruda no município de General Salgado (SP), o crocodilo-tatu foi apresentado ao público hoje na abertura da exposição Visões da Terra, no Museu do Meio Ambiente do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. O artigo que descreve o animal foi publicado na revista científica Journal of South American Earth Sciences. Com cerca de dois metros de comprimento e aproximadamente 120 kg, o A. arrudai apresentava características que lhe conferiam proteção contra os predadores e o ambiente hostil. “Outro crocodilomorfo que vivia nessa área e período era o Baurusuchus salgadoensis, que possivelmente tinha o crocodilo-tatu como presa”, conta um dos autores do artigo, o geólogo Ismar de Souza Carvalho, do Laboratório de Macrofósseis da UFRJ. A couraça do A. arrudai serviria como proteção contra ataques, mas também ajudaria o animal a não perder umidade. “O clima na bacia de Bauru, onde ele vivia, era quente e árido, com rios temporários que enchiam com chuvas torrenciais e esporádicas”, revela o geólogo. As garras do crocodilo-tatu eram especializadas para cavar, o que lhe permitia se enterrar para evitar os predadores e se proteger das condições ambientais.
O novo crocodilomorfo também tinha dentes fortes e de textura áspera, com disposição similar à dos mamíferos. Segundo os pesquisadores, há ainda evidências de que o A. arrudai tinha capacidade de mastigar, algo desconhecido nos crocodilos atuais. “Tudo isso indica que a sua dieta era bastante variada, incluindo, além de carne, vegetais, raízes de árvores e moluscos”, informa Carvalho. O geólogo destaca que as adaptações desse réptil a um ambiente árido revelam que as condições no interior do continente permaneciam extremas no fim do Cretáceo. “Nessa época, ocorreu o início da formação do Atlântico e acreditava-se que as temperaturas teriam se tornado mais amenas em todo o continente. Mas o A. arrudai mostra que essa suavização climática parece ter se concentrado na costa.” Para Carvalho, a descoberta evidencia a diversidade da vida pré-histórica brasileira e permite compreender as transformações dos espaços ecológicos no decorrer do tempo geológico. “O Armadillosuchus arrudai viveu por 10 milhões de anos, tendo sido extinto há 80 milhões de anos, provavelmente devido às mudanças climáticas daquele período”, completa.


Fonte: Ciencia Hoje

1º ENCONTRO NACIONAL DE PROFISSIONAIS EM GEOLOGIA


1º ENCONTRO NACIONAL DE PROFISSIONAIS EM GEOLOGIA

DATAS: 27 e 28 de agosto de 2009
LOCAL: Auditório do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado de São Paulo (CREA-SP) - Rua Nestor Pestana, 87 - 1ª Sobreloja - São Paulo - SP

Programa de atividades

Dia 27 de agosto: manhã
08:30h - 09:30 h - Cerimônia de abertura
Mesa: Febrageo (Presidente, Regionais), CREA-SP, Confea, SIGESP, SINGEO, APGRJ,
8:30h - 8:40h - Palavra do Mestre de Cerimônias
8:40h - 8:50h – Abertura do evento - Presidente da Febrageo
8:50h - 9:10h - Palavra do Presidente do CREA-SP
9:10h - 9:30h - Palavra do Presidente do Confea
09:30h - 10:00h - Coffee break
10:00h - 10:20h - Situação atual das entidades de profissionais em Geologia, reorganizações em andamento e prioridades para o futuro
10:20h - 10:40h - Atuação dos profissionais em Geologia no âmbito do sistema Confea-Creas
10:40h - 11:00h - Análise da Resolução nº 1.010 do Confea e os novos cenários para a atuação profissional
11:00h - 11:20h - A "Lei do Geofísico": situação atual e previsional, e suas decorrências na atuação dos profissionais em geologia e geofísica
11:20h- 11:40h – Proposta de criação do Ministério de ”’Geologia, Recursos Minerais e Hidrocarbonetos’”
11:40h - 12:20h - Debates sobre os temas apresentados
12:20h - 14:00h – Almoço

Dia 27 de agosto: tarde
14:00h - 14:45h - A atuação dos profissionais de Geologia na área do Petróleo: situação atual e novos cenários
14:45h - 15:30h - A atuação dos profissionais em Geologia na área da Mineração em situação de crise econômica mundial e cenários futuros
15:30h -16:00h - Coffee break
16:00h - 16.45h - A atuação dos profissionais em Geologia na área do planejamento da ocupação do solo para a prevenção de catástrofes de natureza geológica
16:45h - 17:15h - A atuação dos profissionais em Geologia em estudos ambientais visando o licenciamento de empreendimentos
17:15h - 18:15h - Debates

Dia 28 de agosto: manhã
08:10h - 12:15h - Mesa-Redonda: "Geólogos, Mineração e Desenvolvimento Nacional"
08:10h - 08:20h - Início dos trabalhos
08:20h - 09:00h - O conhecimento geológico como ferramenta fomentadora das atividades de pesquisa mineral
09:00h - 09:40h - A mineração como indutora do Desenvolvimento Nacional: situação atual e mudanças necessárias
09:40h - 10:00h - Coffee break
10:00h - 10:40h - Entraves ao desenvolvimento da mineração no Brasil e cenários desejados
11:15h - 12:15h - Debates
12:15h - 14:00h – Almoço

Dia 28 de agosto: tarde
14:00h - 17:00h - Mesa-Redonda: "Geólogos, Petróleo e Desenvolvimento Nacional"
14:00 - 14:10h - Abertura dos trabalhos
14:10 - 15:10h - Novos cenários para o desenvolvimento nacional com a descoberta das reservas de petróleo e gás da camada Pré-Sal
15:10h - 16:00h - O marco regulatório adequado para aproveitamento dos recursos petrolíferos nacionais em favor da sociedade brasileira
16:00h - 16:20h - Coffee break
16:20h - 17:00h - Debates
17:00h - 17:30h - Encerramento do evento e escolha de novo local para o 2º Encontro Nacional dos Profissionais em Geologia.


COORDENAÇÃO GERAL: FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE GEOLOGIA - FEBRAGEO
ORGANIZAÇÃO: FEBRAGEO, SIGESP, SINGEO-MG e
ASSOCIAÇÕES PROFISSIONAIS DE GEÓLOGOS DOS ESTADOS
(AM, AL, BA, CE, DF, ES, GO, MT, PA, PE, PI, PR, RJ, RN, RO, RS, SE, SC e SP)

ENTIDADES PATROCINADORAS: CONFEA, CREA-SP

COLABORAÇÃO: SBG, ABGE, ENEGE, GEOJUNIOR, AGUSP

Vitória da impunidade?


A já conhecida impunidade brasileira chega aos cantos mais remotos do país. Um estudo realizado pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) revela a ineficácia da responsabilização judicial na região amazônica paraense. A punição aos acusados em processos por crimes ambientais ocorridos em áreas protegidas do Pará é pequena e esbarra na lentidão da justiça. Uma das formas de proteger as áreas preservadas da Amazônia é punir os responsáveis por crimes ambientais. A escassez de pesquisas sobre a eficácia dessa medida levou o engenheiro florestal Paulo Barreto e seus colegas do Imazon a analisarem 51 processos por crimes ambientais do Pará – estado que, segundo o Instituto, recebeu 28% das multas emitidas pelo Ibama em áreas protegidas da Amazônia Legal. Dos processos analisados, apenas 14% resultaram em algum tipo de punição. A maioria (66%) ainda estava em tramitação, 16% haviam prescrito – ou seja, passaram da data máxima para conclusão judicial – e 4% tiveram seus acusados absolvidos por falta de provas. O engenheiro florestal afirma que a situação no resto da Amazônia brasileira é bastante semelhante. “Conversamos com especialistas de outros estados e todos eles confirmaram que a impunidade é generalizada no resto do território amazônico”, afirma Barreto, principal autor do estudo, em entrevista à CH On-line. Lentidão da justiça A principal causa desse cenário tão desanimador é a demora nas investigações policiais e nos trâmites do Poder Judiciário: o tempo médio para investigações e processos de crimes ambientais no Pará é de cinco anos e meio. “Se a justiça no Brasil é lenta, na Amazônia ela é mais ainda”, comenta Barreto. Segundo o estudo, a demora para iniciar as investigações ocorre principalmente pela desarticulação entre a Polícia Federal (PF) e outros órgãos governamentais que atuam na região. Enquanto são necessários em média sete meses antes de se iniciarem os procedimentos nos casos em que não há atuação conjunta, naqueles em que a PF se articula ao Ibama e à Funai o período de pré-investigação não passa de três dias. Já em relação aos atrasos na condução das investigações – mais comuns especialmente na fase de inquéritos –, o estudo aponta a falta de pessoal da Polícia Federal como principal problema. “Como não há gente suficiente para encaminhar as investigações, elas ficam congestionadas”, explica Barreto. Quando o caso finalmente chega ao Ministério Público para ser avaliado perante um juiz, o problema continua. A dúvida quanto à autoridade que deve julgar os crimes ambientais – se a Justiça Federal ou Estadual – já causa demora. “O fato de cada vara judicial ser responsável por vários municípios atrasa ainda mais o processo”, acrescenta Barreto. “Com isso, o acusado tem tempo para se mudar ou fugir.” A demora na investigação e na resolução dos casos não é o único obstáculo à punição por crimes ambientais no Pará, de acordo com o estudo. Grande parte dos acordos e penas a que se chega ao final dos processos é totalmente desvinculada de uma reparação ou compensação ambiental. Prevenir e remediar Apesar da atual vitória da impunidade, o estudo sugere algumas mudanças que podem transformar esse cenário na Amazônia. Medidas como a criação de varas especializadas em crimes ambientais – como as que já existem no sul do país – e a articulação entre o Ministério Público, a Polícia Federal e o Judiciário podem agilizar bastante os processos ambientais, segundo Barreto. “No entanto, como essas medidas só teriam resultados em médio prazo e são sujeitas a inúmeras falhas no decorrer do processo, a melhor solução ainda é a prevenção de crimes ambientais”, argumenta o engenheiro florestal. É comum pensar que apenas delimitar áreas preservadas seja suficiente para sua efetiva proteção. Mas Barreto alerta: “Com a penetração cada vez mais intensa de atividades econômicas nas florestas, é importante focar na vigilância para assegurar essa conservação.”
Fonte : Ciência Hoje

Manual para curiosos de todas as espécies

Se você procura uma maneira de se preparar para ganhar um milhão de reais em um jogo de perguntas sobre conhecimentos gerais, Alan Axelrod fornece a solução. Em Ciência a jato, o escritor enumera 202 fatos científicos, desde a Antigüidade até o ano de 2002, de olho em quem deseja rechear seu repertório nessa área. Com uma linguagem simples, o livro pode ser devorado com facilidade. Porém, se você pretende compreender o desenvolvimento da ciência ao longo da história, a obra deve ser encarada apenas como um agradável ponto de partida.
Logo na capa da edição brasileira e na introdução, o autor já deixa bem claro o seu objetivo: Ciência a jato se propõe a mostrar a ciência historicamente e a revelar somente o necessário a um cidadão comum para que demonstre uma boa cultura geral. Essa intenção nutre a idéia de um conhecimento de fachada: o sujeito decora as mais diversas datas e nomes, e quando os cita, passa a impressão de que sabe de variados assuntos. Contudo, não consegue explicar os fatos nem estabelecer relações entre eles.
Para fornecer esse saber superficial, Ciência a jato funciona perfeitamente. Apresenta descobertas que vão desde o uso controlado do fogo pelo homem até a criação de um olho animal a partir de células-tronco. Tudo em ordem cronológica e de forma breve: cada item não ocupa mais do que quatro páginas e, muitas vezes, são empregadas expressões como “é bem provável”, “supõe-se” e “acredita-se” para esclarecer fenômenos. Se absorvidos sem questionamentos, os dados expostos não são aprendidos e correm o risco de ser esquecidos rapidamente.
Por outro lado, Ciência a jato prova ter virtudes ao enfatizar, ao longo de suas 364 páginas, a curiosidade dos cientistas e o seu inconformismo em relação a dogmas como estopim para seus estudos e invenções. Essa ênfase faz com que o leitor se envolva em indagações e passe a questionar o conteúdo do próprio livro. Vista dessa forma, a obra pode se transformar em um excelente estimulante para a busca de explicações mais aprofundadas sobre os fatos mostrados.
Além disso, Axelrod mantém um texto sem termos técnicos e fácil de ler inclusive por aqueles que resistem à “chatice” da ciência. Assim, muita gente pode descobrir, de forma prazerosa, que conveniências consideradas naturais hoje em dia – como a agricultura, o telefone e as cirurgias – resultaram de necessidades, de pesquisas ou até mesmo do acaso ao longo da história da humanidade. Da mesma forma que temas estudados pela ciência e considerados polêmicos atualmente talvez sejam incorporados ao cotidiano no futuro.

Ciência a jato
Alan Axelrod
Rio de Janeiro, 2005, Editora Record
Fone: (21) 2585-2000264 páginas

Enciclopédia digital de Mineralogia


Uma importante ferramenta para o ensino e a divulgação da mineralogia acaba de ser lançada: trata-se do CD-ROM Reino Mineral , desenvolvido pelo Departamento de Geologia da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Além de apresentar imagens da coleção do próprio departamento, o produto disponibiliza para consulta um dos maiores acervos de mineralogia do mundo - o do Museu de Ciência e Técnica de Ouro Preto, em Minas Gerais. Voltado tanto para estudantes quanto para leigos que se interessem pelo assunto, Reino Mineral traz informações completas sobre a história, classificação e características dos minerais. O material iconográfico é rico: são cerca de 580 fotografias (em escala macro e microscópica) dos mais diversos minerais. Segundo os organizadores, trata-se de um conteúdo inédito na América Latina.
navegação pelo CD-ROM não apresenta dificuldades. Na abertura, vê-se um vídeo com belas imagens da cidade de Ouro Preto que acompanham a narração introdutória. O menu principal apresenta três ícones fundamentais. O primeiro contém uma série de explicações sobre conceitos gerais de mineralogia, como nomenclatura e propriedades físicas (brilho, densidade, cor etc). O segundo leva a uma lista dos principais minerais formadores das rochas, acompanhada das propriedades ópticas de cada um e de um atlas fotográfico de imagens feitas ao microscópio. O terceiro ícone traz uma outra lista de minerais com fotos macroscópicas e a descrição de suas propriedades físicas. O CD-ROM foi produzido por professores e alunos de graduação e pós-graduação do curso de geologia da UFOP, durante os intervalos de suas atividades acadêmicas, e levou dois anos para ficar pronto. Segundo o geólogo Marco Antônio Fonseca, coordenador do projeto, seu lançamento é importante para compartilhar a diversidade de minerais da histórica cidade mineira com pessoas interessadas pelo assunto. "O nome de Ouro Preto é sempre relacionado com a cultura da mineralogia, e essa não deixa de ser uma forma de homenagear a cidade", ressalta. O CD-ROM está sendo enviado gratuitamente aos departamentos de Geologia de universidades do Brasil, às escolas de segundo grau de Ouro Preto e, em breve, a todas as escolas do estado de Minas Gerais. Segundo os organizadores, os recursos gerados pela comercialização do produto serão integralmente doados ao Museu de Ciência e Técnica. Quem quiser obter uma cópia do CD-ROM deve mandar um e-mail para a Fundação Educativa RTV Ouro Preto, responsável pela distribuição, ou ligar para (31) 551-5257.

Perspectivas da maior crise anunciada do século

A lembrança do avô agricultor que perfurava poços com avidez em uma região árida da África do Sul fez de Marc de Villiers um apaixonado pela água. O jornalista francês percorreu todos os continentes durante mais de 30 anos para observar as reais condições dos recursos hídricos e reuniu sua experiência no livro Água: como o uso deste precioso recurso natural poderá acarretar a mais séria crise do século 21. Premiada na Espanha e no Canadá, a obra se baseia em amplo material estatístico e na consulta a especialistas de destaque internacional. A água doce representa apenas 2,5% dos cerca de 1,4 bilhão de litros cúbicos de água que existem sobre a Terra e, ainda assim, apenas cerca de um terço dela é acessível ao homem. A distribuição do recurso é muito desigual -- mais de 90% dos africanos precisam cavar a terra em busca de água, muitas vezes contaminada por doenças como tifo e cólera, enquanto o Brasil possui cerca de um quinto de toda a reserva potável do mundo.
A crise da água, segundo o autor, não consiste na falta absoluta do recurso, mas na escassez justamente nos lugares de maior demanda. Ele propõe, além do uso da engenhosidade humana na busca de soluções, o debate político para contornar os conflitos históricos ligados às fontes hídricas, que incluem disputas entre árabes e israelenses, Índia e Paquistão, Egito e Sudão.
Conforme as idéias do economista político Thomas Malthus (1766-1834), de Villiers sugere o gerenciamento dos recursos disponíveis como forma de amenizar a inevitável desproporção entre demandas humanas e disponibilidades naturais. Segundo o autor, a demanda por água triplicou entre 1950 e 1990; África, Ásia, América e Europa já vivenciam uma crise de abastecimento. As principais causas são poluição, desvio de rios, uso de barragens, irrigação imprópria, e, sobretudo, a perfuração indiscriminada de poços, que esgota os lençóis freáticos e desequilibra o ciclo hidrológico. O autor também destaca a insistência no emprego de medidas ultrapassadas como causa do esgotamento dos recursos hídricos.
A busca de soluções percorre desde o sistema de aproveitamento da água usado na antiguidade grega, que consistia em coletores de sereno, até as técnicas mais recentes, que incluem o transporte de blocos de gelo do Ártico, dessalinização da água do mar e reciclagem, tal como em espaçonaves. Essas propostas, contudo, se revelam muito dispendiosas.
Documento de referência para a situação atual dos recursos hídricos no mundo, o livro de de Villiers aborda desde o ciclo hidrológico ao valor geopolítico e estratégico da água. Relata as disputas históricas e o desenvolvimento de acordos em uma narrativa vívida e muito pessoal. A opção do autor pela conservação dos recursos hídricos não compromete a lucidez na previsão de disputas violentas. O principal problema em relação à água, ressalta ele, é que a escassez não pode ser resolvida por um país isoladamente: a solução exige consenso internacional.

Água-como o uso deste precioso recurso natural poderá acarretar a mais séria crise do século 21
Marq de Villiers (trad.: José Kocerginsky)
Rio de Janeiro, 2002, Ediouro
457 páginas; R$ 42,90

Plantas reduzem a toxicidade e restabelecem capacidade de cultivo de Áreas Contaminadas em SP

A fitorremediação, técnica que utiliza espécies vegetais para a recuperação de solos degradados por metais pesados ou pela poluição, tem alcançado resultados promissores no Brasil. Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) começam a empregar o método – desenvolvido na Europa e nos Estados Unidos – em áreas contaminadas por resíduos industriais na cidade de Sorocaba (SP) e já observam uma recuperação gradual de sua capacidade de cultivo. A pesquisa, desenvolvida pelo biólogo Fábio Moreno e pelo geólogo Joel Sígolo, do Instituto de Geociências da USP, tem como objetivo aplicar na cidade paulista a fitoestabilização, técnica de fitorremediação específica para tratar áreas contaminadas por metais pesados. “Não pretendemos remover o cromo e o níquel, os metais tóxicos presentes no solo da área pesquisada em Sorocaba, mas torná-los inertes no ambiente”, explica Moreno. Para isso, os pesquisadores investigam as propriedades de duas plantas, a mostarda (Brassica sp.) e o girassol (Helianthus annuss). “Essas espécies foram escolhidas por serem modelos usados com freqüência em estudos de fitorremediação, pois produzem biomassa abundante e acumulam metais de forma mais acentuada do que outras”, justifica Moreno.

Capacidade de cultivo aumentada
O solo contaminado tratado com turfa (à direita) teve sua toxicidade reduzida, o que permitiu que as plantas (no caso, mostardas) se desenvolvessem mais do que as cultivadas no solo sem tratamento (à esquerda) (foto: Fábio Moreno).Antes de plantar a mostarda e o girassol, os pesquisadores optaram por tratar uma parte da área estudada com turfa, um material de origem vegetal parcialmente decomposto, capaz de reduzir a toxicidade dos poluentes. “No solo tratado com turfa, a produção de biomassa vegetal (mostarda e girassol) foi até cinco vezes superior à obtida na área que não recebeu o material”, conta o biólogo. Esse aumento na capacidade de cultivo favorece a ação das plantas na recuperação do solo. O pesquisador explica que essas plantas reduzem os processos erosivos e a dispersão de metais pelo vento ou pela água da chuva que penetra no solo. Além disso, o mecanismo usado pelos vegetais para absorver água através das raízes e liberá-la pela transpiração faz com que os metais fiquem retidos na rizosfera (região do solo influenciada pelas raízes), o que diminui o fluxo dessas partículas em direção ao substrato rochoso e aos lençóis freáticos.
Como esses metais ficam retidos na rizosfera e não são transferidos para os tecidos comestíveis do vegetal, eles não entram na cadeia alimentar. “O solo poluído finalmente estará fitoestabilizado quando cessar o escape desses elementos para fora de suas fronteiras, seja pela sua dispersão na terra, na água ou no ar ou pela cadeia alimentar”, esclarece Moreno. Nas próximas fases da pesquisa, a equipe busca comprovar se o cromo e o níquel foram de fato estabilizados na área. Os pesquisadores também pretendem fazer um levantamento dos vegetais encontrados em outras áreas com alta concentração de metais no solo, para elaborar um banco genético e um catálogo de espécies com potencial fitorremediador. “Futuramente, essas plantas poderão ser usadas na descontaminação e recuperação de solos de outras regiões do Brasil”, avalia. Opção adequada para o Brasil Para o pesquisador, a técnica pode ser uma solução economicamente viável para recuperar extensas áreas de terras contaminadas que se encontram abandonadas ou subutilizadas no Brasil, como as de mineração artesanal do ouro no Norte e Centro-oeste. Ele ressalta que, devido à sua diversidade florística, o país pode ter várias espécies nativas com potencial fitorremediador ainda desconhecido. A fitorremediação também pode ser empregada para intensificar a ação de microrganismos na degradação de compostos orgânicos poluentes. Nesse caso, são usadas plantas com raízes densas e profundas (como as gramíneas), que produzem e liberam ao mesmo tempo grande quantidade de nutrientes. Essas espécies apresentam uma rizosfera com alta capacidade de colonização por microrganismos – os maiores responsáveis pela degradação dos compostos orgânicos, que são transformados em compostos menos tóxicos ou até em gás carbônico e água. Moreno ressalta que a fitorremediação é uma técnica muito vantajosa. “Além de apresentar custo reduzido em comparação a outros métodos (como a escavação e a remoção do solo), possibilita a comercialização da madeira produzida na área recuperada, sua transformação em biocombustível e a geração de créditos de carbono”, diz o biólogo. “Assim, é possível promover a preservação ambiental aliada ao desenvolvimento social, energético e econômico”, avalia.

Fonte: Ciência Hoje

Descobertas rochas mais antigas do planeta


Visao panorâmica do cinturão de Nuvvuagittuq, ao norte da província de Quebec (Canadá). Nessa formação foram encontradas as rochas mais antigas do planeta, com com 4,28 bilhões de anos (fotos: Science/AAAS).

Foram descobertas no nordeste do Canadá as mais antigas rochas conhecidas da Terra, com idade estimada em 4,28 bilhões de anos. Elas são de uma época em que o planeta tinha poucas centenas de milhões de anos, e têm pelo menos 250 milhões de anos a mais que as rochas mais velhas de que se tinha notícia, encontradas no noroeste do mesmo país. O achado traz pistas valiosas sobre diversos aspectos do passado da Terra. “Essas rochas vão nos ajudar a entender como os primeiros continentes foram formados e que processos geológicos estavam envolvidos na formação da crosta no início da história da Terra”, diz à CH On-line um dos autores da descoberta, o geólogo Jonathan O'Neil, da Universidade McGill (Canadá). As amostras foram encontradas em formações com rochas feitas de óxidos de ferro precipitados em águas rasas – que os geólogos chamam de formações ferríferas bandadas. “Algumas dessas rochas trarão importantes informações sobre a atmosfera e os oceanos antigos”, conta O’Neil. Segundo ele, a descoberta pode desvendar mistérios até mesmo sobre a vida primitiva na Terra. “Alguns geólogos acreditam que a precipitação de ferro nessas rochas provavelmente ocorreu graças à atividade bacteriana”, conta O’Neil. “Se isso estiver correto, essas formações ferríferas bandadas poderiam representar o mais antigo sinal de vida no planeta.”
A composição química do material é semelhante à de rochas vulcânicas alocadas em locais de choque entre placas tectônicas. “Estudar a composição química das rochas ajuda a entender como elas foram formadas e quais eram os processos geológicos que aconteciam”, afirma o geólogo. Repositório de rochas antigas As rochas foram apresentadas à comunidade científica em um artigo na revista Science desta semana, que analisa diferentes amostras encontradas, com idade entre 3,8 e 4,28 bilhões de anos. As rochas foram descobertas na região leste da baía de Hudson, no norte da província de Quebec. As amostras foram recolhidas em um tipo de formação que os geólogos chamam de greenstone belt (cinturão de rochas verdes, em tradução literal). O sítio em questão era considerado pelos especialistas um repositório potencial de rochas antigas. São raros resquícios da crosta primitiva da Terra, que tem idade estimada em 4,6 bilhões de anos. A maioria desse material foi triturada e reciclada seguidamente no interior do planeta desde a sua formação, em decorrência da dinâmica das placas tectônicas. “Temos pouquíssimos vestígios da crosta primitiva para analisar e entender a evolução da Terra”, lamenta O'Neil. “Esse cinturão oferece uma oportunidade única para aprimorar nosso conhecimento sobre os primeiros 500 milhões de anos da história do planeta.”

Fonte: Ciência Hoje

Cientistas revelam fóssil que pode ser de ancestral do homem


O fóssil de 47 milhões de anos estava em uma coleção particular

Cientistas revelaram em Nova York nesta terça-feira o fóssil de uma criatura de 47 milhões de anos que pode ser um elo perdido na evolução dos primatas superiores - entre eles, os seres humanos. O fóssil, batizado de Ida, está em estado tão bom de conservação que é possível ver sua pele e traços de sua última refeição.
Os restos do animal, que se assemelha a um lêmure (tipo de animal parecido com um macaco que vive na ilha africana de Madagascar) foram apresentados no Museu Americano de História Natural pelo prefeito de Nova York, Michael Bloomberg.
Eles foram descobertos na década de 1980 na Alemanha e pertenciam a uma coleção particular.
Importância e críticas
A pesquisa sobre sua importância foi liderada pelo cientista Jorn Hurum, do Museu de História Natural de Oslo, Noruega.
Hurum diz que ida representa "a coisa mais próxima que temos de um ancestral" e descreveu a descoberta como "um sonho que se tornou realidade".
Mas parte da comunidade científica se mostra cética em relação à descoberta.
Um dos principais editores da revista Nature, Henry Gee, disse que o termo "elo perdido" pode induzir ao erro e que o fóssil não deve figurar entre as grandes descobertas recentes, como os dinossauros com penas.
Os cientistas que já examinaram o fóssil concluíram que este se trata de uma espécie nova, batizada Darwinius masillae. Um dos pesquisadores que analisou Ida, Jenz Franzen, o fóssil tem traços que guardam "grande semelhança conosco", como unhas em vez de garras e o polegar em uma posição que permite agarrar coisas com a mão, como o homem e outros primatas.
Ainda assim, segundo ele, o fóssil não parece ser um ancestral direto do homem, mas sim estaria "mais para uma tia do que uma avó".
Fonte: BBC Brasil

Submarino-robô atinge ponto mais profundo da Terra

Um submarino-robô desenvolvido nos Estados Unidos alcançou a área considerada a mais profunda dos oceanos - o chamado Challenger Deep, na Fossa das Marianas, no Pacífico.
O local, perto da ilha de Guam, é o maior abismo da Terra, com 11 mil metros de profundidade - mais de 2 quilômetros do que o Monte Everest tem de altura.
O mergulho da embarcação não-tripulada Neureus ocorreu no último domingo e atingiu 10.902 metros de profundidade.
Nesta localização, a pressão chega a ser mais que mil vezes maior que a nível do mar.
O Nereus é operado à distância por pilotos a bordo de um navio, com a ajuda de cabos de fibra óptica que permitem que ele desça a grandes profundidades e seja fácil de manobrar.
Ele também pode ser colocado em modo automático e "nadar" livremente.
"Com um robô como este, nós agora podemos virtualmente explorar qualquer parte do oceano", disse Andy Bowen, diretor do projeto e principal pesquisador por trás do desenvolvimento do submarino no Instituto Oceanográfico Woods Hole (WHOI, na sigla em inglês).
"Essas fossas são praticamente inexploradas e tenho certeza absoluta que o Nereus vai permitir novas descobertas", afirmou. "Este mergulho marca o início de uma nova era na exploração dos oceanos."
Fonte: BBC Brasil

Esgoto gera energia na Inglaterra

Um novo tipo de combustível, que utiliza dejetos humanos para produzir biometano, está sendo testado na cidade de Davyhulme, em Manchester, Inglaterra. O projeto, que custou 4,3 milhões de libras (R$ 13,3 milhões), é o primeiro do tipo na Inglaterra, e já é considerado o combustível do futuro, por ter baixa emissão de carbono. Caroline Ashton, da United Utilities, empresa que participou da criação do projeto, afirma que o tratamento de esgoto é um processo diário, e que isso leva a uma produção de gás metano praticamente infinita. “Aproveitando esta energia gratuita, podemos diminuir nosso consumo de combustíveis e reduzir o impacto ambiental”, afirma Ashton.
O biometano também será usado como meio de levar energia a até 500 lares. No futuro, cidades de tamanho médio uma cidade do tamanho de Davyhulme poderia produzir energia para mais de cinco mil propriedades. Vários lugares da Europa já utilizam o método de processamento de esgotos para levar energia a casas e prédios comerciais.
Richard Swannell, envolvido no projeto, afirma que o esgoto produtor de biometano pretende ser o primeiro a chegar a uma escala comercial no Reino Unido.

O projeto deve entrar em escala comercial até 2011.
Fonte: BBC

Da matéria plástica à orgânica

Um dos grandes inimigos do ambiente, o plástico vem se mostrando de difícil controle. Até agora, as formas de descartá-lo — incineração, depósito no solo e mesmo a reciclagem (pelo consumo de água e energia) — são poluentes. Uma opção ecológica para dar fim a esse material pode ser a biodegradação. Um tipo de fungo original das matas brasileiras, o Pleurotus sp, é capaz de retirar nutrientes dos polímeros sintéticos (PET), transformando em matéria orgânica o que era plástico. É o que aponta estudo realizado por Kethlen Rose Inácio da Silva, com orientação de Lucia Regina Durrant, na Faculdade de Engenharia de Alimentos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Os melhores resultados foram obtidos pela ação de fungos que cresceram em condições muito semelhantes ao seu hábitat natural, isto é, em materiais sólidos sem contato ou quase nenhum contato com água (fermentação semi-sólida). “Utilizamos uma metodologia pioneira que possibilitou a identificação das condições mais apropriadas ao estudo pelo teste de diversas variáveis, como temperatura, pH e nutrientes”, explica Silva. O próximo passo da pesquisa é otimizar as variáveis influentes na biodegradação, focando-se na fermentação semi-sólida. O estudo surgiu da necessidade urgente de conter o impacto do plástico no meio ambiente. Só no município de São Paulo, o plástico é o segundo elemento mais encontrado no lixo, correspondendo a 23% do peso total dos resíduos encaminhados para o aterro sanitário, uma parcela muito significativa considerando que é um material extremamente leve. Silva ressalta que a melhor forma de remediar a situação é racionar o uso. “A biodegradação dos plásticos é importante no cenário atual, mas ainda é uma ação emergencial, pois não atinge a origem do problema: o uso excessivo do material”, alerta a cientista.

Fonte: Marcella Huche - Ciência Hoje/RJ

Conheça 10 locais “alienígenas” na Terra

Você não precisa sair de seu planeta para sentir que está em algum outro mundo remoto. Confira uma lista de 10 lugares, aqui na Terra, em que a sensação de estar noutro planeta é garantida.

10. As Cavernas de Gelo de Eisriesenwelt, Áustria
Cavernas de gelo são muito diferentes de cavernas normais. Quando estamos dentro dela, parece que não estamos na Terra e sim nas entranhas de algum planeta remoto. Há muitas cavernas de gelo ao redor do mundo e as Eisriesenwelt são as maiores conhecidas. Elas se estendem por 40km. Apenas uma porção desse labirinto é aberta a turistas, mas é suficiente para sentir o clima e o mistério que circulam o local.

9.Vales Secos (Dry Valleys), Antártica

A região Vales Secos da Antártica, de acordo com os cientistas, é a área na Terra mais parecida com o que seria uma paisagem de Marte. A região quase nunca tem neve e, exceto por algumas planícies rochosas, é a única parte continental da Antártica que não é formada de gelo. O chão dos vales apresenta alguns lagos permanentemente congelados, com vários metros de grossura e, sob esse gelo, vivem alguns organismos extremamente simples, que são objetos de estudo.

8. Ilha Socotra, Oceano Índico
Essa ilha simplesmente dispensa qualquer noção do que é considerado “normal” para uma paisagem terrestre. Se você acordasse lá, provavelmente pensaria que está em outro planeta ou, pelo menos, em alguma era remota. Socotra é parte de um arquipélago que ficou geograficamente isolado da África há 6 ou 7 milhões de anos. Como ns ilhas Galápagos, possui cerca de 700 espécies raras e muito diferentes. O clima é árido, e mesmo assim lá estão exemplares incríveis de plantas – algumas espécies não apresentaram variações nos últimos 20 milhões de anos.

7. Rio Tinto, Espanha
As minas gigantes, a céu aberto, do Rio Tinto, criam um ambiente surreal, transformando a paisagem em algo similar ao que veríamos na Lua, por exemplo. O crescimento do rio não consumiu apenas montanhas e vales, mas adentrou terras de vilas. O rio teve seu nome tirado da cor de suas águas, praticamente vermelhas e extremamente ácidas (com pH variando entre 1.7 e 2.5), ricas em metais.

6. Kliluk, o Lago Manchado, Canadá
No quente sol de verão, a água do Lago Manchado evapora e os minerais contidos nela são cristalizados. Isso causa a formação de vários círculos com bordas brancas: piscinas rasas, que refletem o conteúdo mineral da água em tons de verde e azul. Essa água contém uma das maiores concentrações de minerais do mundo: sulfato de magnésio, cálcio e sulfato de sódio, mais traços de outros minerais, como titânio e prata. Os índios canadenses se banhavam nessas águas e na lama do lago para curar feridas.
5. Saleira de Uyuni, Bolívia

A Saleira de Uyuni é, talvez, uma das mais espetaculares paisagens do mundo. Uma área magnífica com um impressionante deserto de sal (o maior do mundo), vulcões ativos e gêiseres – como uma miragem alienígena, completamente fora da realidade.

4. Vale da Lua, Brasil
O representante nacional das paisagens “alienígenas” é o Vale da Lua, no Brasil. É uma formação rochosa, esculpida pela erosão da água, cheia de piscinas naturais. Está localizado a 38 km de Alto Paraíso, em Goiás. Suas formações rochosas são uma das mais antigas do planeta, feita de quartzo e de outros cristais.

3. Córrego do Sangue Quente, Japão
O Córrego do Sangue Quente é um dos “infernos” (jigoku) de Beppu, no Japão. Nove espetaculares termas que são mais “para ver” do que para tomar banho. A paisagem inclui um lago de água vermelha e quente, colorida pelo ferro presente no líquido. O Sangue Quente foi eleito o mais fotogênico dos “infernos”.

2. A Floresta de Pedras, China

A Shilin (em mandarim, Floresta de Pedras) é formada de pedras lisas, circundadas por água que cobre o chão. A água causa erosão em tudo, menos nos pilares. A Floresta de Pedras é conhecida desde a Dinastia Ming como a Primeira Maravilha do Mundo.

1. A Estrutura Richat, Mauritânia
Essa espetacular formação na Mauritânia fica na parte sudoeste do deserto do Saara. É tão grande que é visível do espaço, com um diâmetro de 30 milhas. Anteriormente, achava-se que a formação foi causada pelo impacto de um meteorito que caíra na região, mas agora concluiu-se que é resultado de erosão. A causa exata de seu formato circular ainda é um mistério.

CO2 tem o maior nível em 2,1 milhões de anos

Aumento é de 38% em relação à média, revela novo estudo As atuais concentrações de dióxido de carbono na atmosfera são as maiores já registradas nos últimos 2,1 milhões de anos, revelou ontem um estudo da Universidade de Columbia publicado na “Science”. Os dados revelam aspectos fundamentais sobre os processos de resfriamento e aquecimento do planeta e comprovam, de forma inequívoca, que quanto maior for a concentração de CO2, mais elevada é a temperatura.O estudo também revela de forma inequívoca que não foi uma queda brusca nas concentrações de CO2 a responsável pelas idades do gelo vivenciadas pelo planeta. As concentrações se mantiveram estáveis ao longo de todos esses milhares de ano, com uma média de 280 partes por milhão.Hoje, esse número é de 385 partes por milhão — um aumento de 38%. Para tentar estudar um momento análogo ao atual, os cientistas terão que voltar ainda mais no tempo.Normalmente, os estudos de medição de concentração de CO2 são feitos com os chamados testemunhos do gelo — geralmente obtidos em lugares pouco tocados pelo homem, como a Antártica. O ar encapsulado nesses antigos blocos de gelo fornece uma amostra perfeita da concentração de gases. Mas o máximo de tempo alcançado foi de 800 mil anos.O novo estudo usou um método diferente, baseado na análise das conchas de unicelulares enterradas sob o Oceano Atlântico, na costa africana.
Fonte: O Globo

Explosões de um vulção submarino


Cientistas navegaram para ver de perto as erupções de um vulcão submarino na costa de Tonga, no sul do Oceano Pacífico. Para mim parece que este pessoal está perto DEMAIS de um vulcão ativo que ninguém pode sequer enxergar, mas o geólogo de Tonga disse qe não há risco aparente para os residentes da ilha Nuku’alofa e outros em Tongatapu, a ilha principal. O fenômeno pode estar relacionado com um terremoto de magnitude 4,4 na escala Richter que atingiu a área dia 13 de março a uma profundidade de 150km. Clique nas fotos para ampliar. Para ver mais fotos visite o Big Picture.






Perfuratriz ‘romulana’ de planetas em fase de testes



Se tudo der certo, logo será possível chegar ao centro da Terra usando jatos de chamas que chegam a quase 4 mil graus Celsius e perfuram qualquer tipo de material.
Mas espera aí: “se tudo der certo”? Pois é. A ideia já está em fase de testes, e aparentemente é a chave para conseguir energia geotérmica de um jeito barato e eficiente. Jared Potter, criador das super-furadeiras, pretende chegar fundo na Terra e alcançar o magma, para construir poços geotérmicos. Esse magma será então usado para aquecer água e produzir energia elétrica usando o vapor gerado, diminuindo a necessidade do uso de combustíveis fósseis e, consequentemente, o aquecimento global.
Diferente de métodos já existentes, os jatos de chama que são tão quentes que são invisíveis, fazem buracos sem encostar diretamente nas rochas. Potter tem dois protótipos já criados: um libera uma chama de hidrogênio de aproximadamente 1700 graus, que expandem a rocha e fazem um buraco em questão de minutos, e o outro, já mencionado, que pode trabalhar em profundidades maiores onde a pressão é muito maior.
Ambos estão em fase de testes preliminares, mas, pelo que é possível ver, eles são promissores. Se o método funcionar, será uma ótima ideia com benefícios para a humanidade.

Gás do efeito estufa é convertido em combustível


Cientistas do Instituto de Bioengenharia de Singapura conseguiram descobrir o potencial do dióxido de carbono (o gás do efeito estufa), converteram-no em combustível.
Eles usaram um processo conhecido como organocatálise, ativando o dióxido de carbono para produzir metanol – um combustível já usado na indústria. A reação que transforma um em outro pode ser feita no ar que respiramos, não são necessárias condições especiais.
Tentativas anteriores de transformar o dióxido de carbono em produtos mais úteis e menos poluentes precisavam de mais tempo e mais energia. Também são processos mais caros, inviáveis para serem usados em larga escala. Outras pesquisas no Instituto estão sendo feitas para buscar maneiras cada vez mais práticas e baratas de se transformar o dióxido de carbono – já que o foco é o uso dessas técnicas nas indústrias.
A idéia é que seja usada a química ecológica junto da nanotecnologia para que formas sustentáveis de energia sejam geradas. Com essa idéia, o aquecimento global seria controlado, o uso de combustíveis não-renováveis diminuído –tudo em uma opção viável para indústrias.

I Congresso Internacional de Meio Ambiente Subterrâneo

I Congresso Internacional de Meio Ambiente Subterrâneo
DATA: 15 a 18 de setembro de 2009 - LOCAL: São Paulo - SP
Centro FECOMÉRCIO de Eventos
Rua Dr. Plínio Barreto, 285Bela Vista - São Paulo - SP

Mais informações no site da ABAS.

http://www.abas.org/cimas/pt/index.php

Garoto é atingido por Meteorito



Garoto é atingido por meteorito a 48 mil km/h Gerrit Blank, de 14 anos, estava a caminho da escola quando, segundo ele, viu uma “bola de luz” vindo em sua direção no céu. O meteorito, do tamanho de uma ervilha, atingiu a mão do garoto logo antes de cair no chão, onde deixou uma cratera de 30 centímetros. Estima-se que o meteorito tinha uma velocidade de cerca de 48 mil quilômetros por hora quando atingiu o garoto. Blank ficou com uma cicatriz de quase dez centímetros na mão, o que ainda é um alívio: as chances de se sobreviver a uma queda de meteorito são de uma em um milhão. De acordo com o garoto, ele viu a luz do meteorito vindo em sua direção, e logo depois de sentir que sua mão tinha sido machucada, ouviu um barulho muito alto, da colisão do meteorito no chão. “O barulho que veio depois da luz era tão alto que meus ouvidos ficaram zumbindo por horas depois”, diz.Cientistas agora estão estudando o meteorito, que caiu na cidade de Essen, na Alemanha. Testes químicos provaram que a pedra realmente veio do espaço. Ansgar Kortem, diretor do Observatório Walter Hohmann na Alemanha, afirma que a pedra é um meteorito verdadeiro, muito valioso para colecionadores e cientistas. “A maior parte dos meteoritos não chega ao chão porque eles evaporam na atmosfera”, afirma. Kortem ainda completa: “Daqueles que chegam à Terra, estima-se que seis em cada sete caem na água”.O único outro exemplo conhecido de uma pessoa que foi atingida por um meteorito e sobreviveu foi em 1954, em Alabama, nos Estados Unidos. Na ocasião, um fragmento de aproximadamente dez centímetros caiu em uma casa, sobre de uma mulher que dormia.

Fonte: Hypescience

Experiência e Tradição em Poços Artesianos

A empresa Taubaté Poços Artesianos, desde 1993 no mercado de poços artesianos, é especializada em todos os segmentos relacionados à captação de água do subterrâneo, tendo como objetivo a excelência no atendimento e na prestação de serviços, levando água potável em abundância para residências e empresas. Tantos anos no ramo de poços se devem a credibilidade conquistada junto aos clientes, através do trabalho sério que é desenvolvido, respeitando o meio ambiente e as legislações vigentes. Os serviços oferecidos pela empresa envolvem: perfuração, retirada e instalação de bombas, limpeza com compressor de alta e baixa pressão, desinfecção de poços, recuperação de poços, teste de vazão, regularização junto ao DAEE, consertos de bombas, motores e painéis e instalação hidráulica e elétrica. A credibilidade da Taubaté Poços Artesianos está consolidada, pelos diversos empreendimentos realizados por ela com sucesso, como em: condomínios, chácaras, clubes, hotéis, hospitais e indústrias de vários segmentos.

Visite o site http://www.taubatepocos.com.br/ ou telefone para (11) 7889 3392.

Fórum alerta para agravamento da desertificação no semi-árido

O povo nordestino já convive com a desertificação e o problema começa a ser agravado pelo aumento da temperatura do Planeta, provocado pelas mudanças climáticas globais. O alerta é resultado da reunião que marcou ontem o Dia Mundial do Combate à Desertificação, em Fortaleza-CE. Durante o encerramento do evento, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, destacou a necessidade de governos estaduais e federal adotarem medidas urgentes, para que as quase 18 milhões de pessoas que habitam o semi-árido não sofram demasiadamente seus efeitos e disse que dos R$ 900 milhões de reais anuais do Fundo Clima, R$ 450 milhões vão para o Nordeste, para serem aplicados em programas de adaptação. Durante a cerimônia, no Palácio Iracema, foi lançada a II Conferência Internacional sobre Impactos de Variações Climáticas e Desenvolvimento Sustentável em Regiões Semiáridas. O evento vai reunir 50 países de cinco continentes e vai debater a vulnerabilidade, as mudanças climáticas, a desertificação e o desenvolvimento sustentável. Suas conclusões deverão subsidiar a Rio+20, proposta pelo Governo Lula às Nações Unidas, mas ainda sem confirmação. Minc anunciou as medidas que vêm sendo tomadas em parceria com nove estados nordestinos e Minas Gerais. Especialistas em estudos do impacto ambiental estimam que o aquecimento afete a vida de pelo menos oito milhões de nordestinos no final desse século. Eles serão os primeiros a sofrerem os efeitos de um processo que já começou. "Mesmo que tomemos medidas imediatas ainda haverá impacto, só que menor". Previsões indicam que a diminuição da oferta de terras para a agricultura e os longos períodos de estiagem vão afetar de maneira drástica o plantio do milho e da mandioca, base da alimentação do povo nordestino. As discussões em torno do problema mobilizaram boa parte dos debates do encontro de Fortaleza, que começou na segunda-feira. Técnicos da Embrapa previram problemas com a produção de alimentos em todo o País. O Plano Nacional sobre Mudança do Clima, aprovado por Lula em dezembro do ano passado, inclui medidas de mitigação dos problemas da desertificação, lembrou Minc. Até o final do ano, seis estados deverão estar com os seus planos prontos. Os Ministérios do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia convocaram o Painel Brasil de Mudanças do Clima para ter a idéia precisa do tamanho do impacto do aumento de temperatura sobre o Brasil. Com a conclusão dos trabalhos de mais de cem cientistas, que ficarão prontos até 2010, o Brasil terá um quadro mais preciso da situação do Nordeste e demais estados. Minc salientou que o Brasil terá que tomar medidas mitigatórias mesmo antes da conclusão do relatório. O Plano prevê a redução gradativa das emissões de carbono, responsável por quase 70% da contribuição brasileira para o aquecimento global, até 2017, centrado no combate ao desmatamento e mudança do modelo econômico da Amazônia.

Paulenir Constâncio

O que é Geologia ?

Geologia é a ciência natural que, através das ciências exatas e básicas (Matemática, Física e Química) e de todas as suas ferramentas, investiga o meio natural do planeta, interagindo inclusive com a Biologia em vários aspectos. Geologia e Biologia são as ciências naturais que permitem conhecer o nosso habitat e, por conseqüência, agir de modo responsável nas atividades humanas de ocupar, utilizar e controlar os materiais e os fenômenos naturais.Embora tenha permanecido distante dos conhecimentos gerais da população no Brasil, a Geologia tem um papel marcante e decisivo na qualidade da ocupação e aproveitamento dos recursos naturais, que compreendem desde os solos onde se planta e se constrói, até os recursos energéticos e matérias primas industriais. O desconhecimento quantitativo e qualitativo da dinâmica terrestre tem resultado em prejuízos muitas vezes irreparáveis para a Natureza em geral e para a espécie humana em particular.Hoje, já se sabe muito mais sobre o funcionamento do Planeta do que 30 anos atrás. Este progresso no conhecimento deve ser divulgado e assimilado, sendo a compreensão do ciclo natural terrestre fundamental para a valorização das relações entre o ser humano e a Natureza e para a adoção de uma postura mais crítica e mais consciente frente aos mecanismos de desenvolvimento da sociedade.Podemos definir Geologia como a ciência cujo objeto de estudo é a Terra: sua origem, seus materiais, suas transformações e sua história. Estas transformações produzem materiais ou fenômenos naturais com influência direta ou indireta em nossas vidas. É preciso saber aproveitar adequadamente as características da Natureza, bem como prever e conviver com os fenômenos catastróficos que são sinais da dinâmica do planeta.
Os objetivos da geologia podem ser sintetizados desta forma:
estudo das características do interior e da superfície da Terra, em várias escalas; compreensão dos processos físicos, químicos e físico-químicos que levaram o planeta a ser tal como o observamos; definição da maneira adequada (não destrutiva) de utilizar os materiais e fenômenos geológicos como fonte de matéria prima e energia para melhoria da qualidade de vida da sociedade; resolução de problemas ambientas causados anteriormente e estabelecimento de critérios para evitar danos futuros ao meio ambiente, nas várias atividades humanas; valorização da relação entre o ser humano e a Natureza.

Prof. Dra. Maria Cristina Motta de Toledo

fonte: site do IGC/USP