Aumento é de 38% em relação à média, revela novo estudo As atuais concentrações de dióxido de carbono na atmosfera são as maiores já registradas nos últimos 2,1 milhões de anos, revelou ontem um estudo da Universidade de Columbia publicado na “Science”. Os dados revelam aspectos fundamentais sobre os processos de resfriamento e aquecimento do planeta e comprovam, de forma inequívoca, que quanto maior for a concentração de CO2, mais elevada é a temperatura.O estudo também revela de forma inequívoca que não foi uma queda brusca nas concentrações de CO2 a responsável pelas idades do gelo vivenciadas pelo planeta. As concentrações se mantiveram estáveis ao longo de todos esses milhares de ano, com uma média de 280 partes por milhão.Hoje, esse número é de 385 partes por milhão — um aumento de 38%. Para tentar estudar um momento análogo ao atual, os cientistas terão que voltar ainda mais no tempo.Normalmente, os estudos de medição de concentração de CO2 são feitos com os chamados testemunhos do gelo — geralmente obtidos em lugares pouco tocados pelo homem, como a Antártica. O ar encapsulado nesses antigos blocos de gelo fornece uma amostra perfeita da concentração de gases. Mas o máximo de tempo alcançado foi de 800 mil anos.O novo estudo usou um método diferente, baseado na análise das conchas de unicelulares enterradas sob o Oceano Atlântico, na costa africana.
Fonte: O Globo
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