Um grande desafio !





Um dos mistérios mais interessantes do Death Valley National Park é o deslizamento de rochas em um lago seco. Essas rochas podem ser encontrados no chão do lago seco com trilhas bem grandes. De alguma forma esssas trilhas (slides), cortam partes do sedimento quando elas se movem.


Algumas dessas rochas pesam vários quilos. A pergunta é: "Como é que eles se movem?" um grande desafio.

Na verdade ninguém sabe ao certo como elas podem se mover , embora algumas pessoas encontrem algumas explicações muito boas. A razão pela qual seu movimento permanece um mistério é que ninguém jamais viu as rochas em movimento!

Vamos pensar como elas poderiam se mover ....

Sobre o Lago Seco
O leito do lago é mna maior parte quase que perfeitamente plano e quase sempre seco. Tem cerca de 4 quilômetros de comprimento (de norte a sul) e cerca de 2 km de largura (de leste para oeste). A superfície é coberta com gretas de contração e o sedimento é composto principalmente de silte e argila.

O clima nesta área é árido. Chove muito pouco durante o ano, no entanto quando chove, as montanhas íngremes que cercam o Lago Seco produzem uma grande quantidade de escoamento superficial que transforma o chão em um lago largo e raso. Quando molhada, a superfície do lago é transformada em uma lama muito macio e muito escorregadio.

Eles são movidos por pessoas ou animais?
A forma de trilhas atrás das rochas sugerem que elas se movem durante períodos em que o piso do Lago é coberto com uma camada de lama muito mole. A falta de marcas ao redor das trilhas das rochas eliminam a possibilidade de uma intervencão humana ou animal auxiliando o movimento das rochas.

Elas são movidas por Gelo?
Algumas pessoas relataram ter visto Racetrack Playa coberto por uma fina camada de gelo. Uma idéia é que a água congela em torno das rochas e depois do vento, soprando na parte superior do gelo, arrasta a camada de gelo com suas rochas embutidos em toda a superfície do lago.
Alguns pesquisadores descobriram trilhas altamente congruentes em rochas, que apoiam fortemente esta teoria de movimento. No entanto, o transporte de uma camada de gelo grande maracaria a superfície do lago de outras formas também e estas marcas não foram encontradas.
As provas para o transporte das camadas de gelo não é consistente.

Vento?
Todas as melhores explicações envolvem o vento como fonte de energia por trás do movimento das rochas. A questão que permanece é se elas deslizam enquanto o lago esta em um manto de gelo ou elas simplesmente correm sobre a superfície da lama mole? Outro fator ainda são as marcas no entorno que não dão clareza desta hipótese,

Talvez esta história fique mais interessante se a resposta real nunca for descoberta !
Fonte: geology.com

Antártida já foi paraíso tropical, diz cientista


Uma pesquisadora britânica afirmou que a Antártida era um paraíso tropical há cerca de 40 milhões de anos.

Segundo Jane Francis, do Colégio de Meio Ambiente da Universidade de Leeds, o continente gelado, que hoje apresenta uma camada de quatro quilômetros de gelo, passou a maior parte dos últimos cem milhões de anos como uma região de clima quente e fauna rica.

"Era assim há cerca de 40 milhões de anos. Durante a maior parte da história geológica da Antártida a região estava coberta por bosques e desertos, um lugar que tinha um clima quente", disse Francis à BBC Mundo.

"Muitos animais, incluindo dinossauros, viviam na região. Foi no passado geológico recente que o clima esfriou", acrescentou.

A cientista afirma ainda que provavelmente, o clima mais ameno no passado da Antártida "foi causado por elevados índices de dióxido de carbono na atmosfera".

"Se continuarmos emitindo grandes quantidades de dióxido de carbono, esquentando o planeta, poderíamos chegar à mesma situação em que voltariam a aparecer animais e bosques na Antártida", acrescentou a cientista.

Derretimento

De acordo com cientistas, há 50 milhões de anos havia mais de mil partes por milhão (ppm) de dióxido de carbono na atmosfera, o que esquentou o planeta a ponto de derreter todas as camadas de gelo.

Nos últimos anos a quantidade de dióxido de carbono na atmosfera apresentou um aumento, passou de 280 ppm registradas na era pré-industrial para 390 ppm no presente, o que aumentou em um grau as temperaturas globais.

Os especialistas afirmam que, continuando com este ritmo de crescimento, de cerca de 2 ppm por ano, será necessário muito tempo para que se chegue aos mil ppm. Mas, o problema, segundo os especialistas, é que, quando chegarmos aos 500 ppm já começaremos a observar o derretimento de uma grande parte das calotas de gelo.

"A diferença é que, no passado, o aquecimento ocorreu devido a causas naturais como vulcões. E ocorreu em um período muito grande de tempo, os animais e plantas tiveram tempo de se adaptar", disse Jane Francis à BBC.

"Mas o problema com a mudança climática atual, que está sendo provocada principalmente por fatores humanos, é que está ocorrendo muito depressa, em comparação a como poderia ocorrer em um período geológico normal, por isso não vamos ter muitas oportunidades para nos adaptar", afirmou.

Urgência

A cientista da Universidade de Leeds afirma que os governos de todo o mundo estão trabalhando para reduzir as emissões de dióxido de carbono, mas destaca que os esforços precisam ser maiores.

Alguns céticos afirmam que agora é tarde para evitar o aquecimento global e que devíamos nos concentrar mais na adaptação para as novas condições climáticas.

Mas, para Jane Francis, esta é uma postura muito pessimista. A cientista afirma que deveríamos nos concentrar em fazer mais para evitar o aquecimento global e mais rapidamente.

Fonte: BBC Brasil

Ouro e platina vieram do espaço, dizem cientistas

Cientistas britânicos dizem que metais preciosos, incluindo ouro e platina, vieram do espaço bilhões de anos atrás.

Os pesquisadores da Universidade de Bristol chegaram à conclusão após analisar amostras de algumas das pedras mais antigas do mundo, na Groenlândia.

Segundo eles, os isótopos encontrados nessas formações - átomos que identificam a origem e idade dos materiais - são claramente diferentes daqueles que se originaram na Terra.

Isso confirmaria a teoria de que os metais preciosos que usamos hoje chegaram ao planeta em uma violenta chuva de meteoros quando a Terra tinha apenas 200 milhões de anos.

"Nosso trabalho mostra que a maior parte dos metais preciosos nos quais se baseiam nossas economias e muitos processos industriais foram adicionados a nosso planeta por coincidência, quando a Terra foi atingida por cerca de 20 bilhões de toneladas de material espacial”, diz Mathias Willbold, que liderou a pesquisa da Universidade de Bristol.

'Estoque original'

Durante a formação da Terra, o planeta era uma massa de minerais derretidos, que era constantemente atingida por grandes corpos cósmicos.

O centro da Terra foi criado a partir de metais em estado líquido que afundaram.

De acordo com os cientistas, a quantidade de ouro e outros metais preciosos presente no coração do planeta seria suficiente para cobrir toda a superfície da Terra com uma camada de quatro metros de profundidade.

A concentração de todo o ouro e outros metais no centro do planeta deveria ter deixado as camadas externas da Terra praticamente livres da presença desses materiais, por isso a origem do ouro que exploramos na superfície e no manto terrestre (a camada imediatamente abaixo da crosta terrestre) já havia sido motivo de especulações no mundo científico.

Tecnologia

O estudo publicado na revista científica Nature foi o primeiro, segundo os pesquisadores, a conseguir realizar as medidas isotópicas com a qualidade necessária para descobrir que os metais preciosos vieram do espaço.

Os cientistas dizem que estudos futuros podem tentar descobrir mais sobre os processos que fizeram com que os meteoros que atingiram a Terra se misturassem ao manto terrestre.

Em seguida, processos geológicos formaram os continentes e concentraram os metais preciosos nos depósitos de minerais que são explorados hoje.

Fonte: BBC Brasil

PEGADA ECOLÓGICA BRASILEIRA

A pegada ecológica do Brasil está um pouco abaixo da média mundial. Em 2005, segundo a organização não-governamental ambientalista WWF, os brasileiros consumiam cerca de 30% além da capacidade do planeta.
Em todo o mundo, o consumo equivale a aproximadamente um planeta e meio. Isso significa que a capacidade regenerativa da Terra não consegue acompanhar a velocidade da transformação de recursos em produtos de consumo e geração de resíduos.
Apesar do aumento de sua pegada ecológica nos últimos anos, o Brasil ainda é considerado um credor ecológico, ou seja, com riqueza natural interna superior ao consumo de sua população.
As emissões de CO2 são ainda responsáveis pela maior fatia da pegada ecológica brasileira, já que o país está entre os maiores emissores do mundo, principalmente em razão do desmatamento.
Dados da Rede Clima, ligada ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), indicam que a emissão média anual do Brasil é de 10 toneladas de gás carbônico (CO2) por pessoa, o dobro da média mundial.
Historicamente, o desmatamento responde por cerca de 50% das emissões brasileiras de gases causadores do efeito estufa. Como houve redução no desmatamento desde 2005, as emissões brasileiras hoje são menores do que naquele período.
Segundo o climatologista Carlos Nobre, pesquisador do Inpe, a matriz energética brasileira está ficando gradualmente menos limpa. Por outro lado, nos últimos cinco ou seis anos aumentou o uso de bioetanol, combustível considerado menos poluente.

FONTES: Irineu Tamaio, coordenador do programa de educação para sociedades sustentáveis do WWF-Brasil, e Carlos Nobre, pesquisador do Inpe e presidente do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas

Família brasileira encara desafio de reduzir impacto ambiental

Entrando no clima da COP-15, a reunião sobre mudanças climáticas em Copenhague, que terá início semana que vem, uma família paulistana de classe média aceitou o desafio de tentar reduzir sua pegada ecológica, e vai dividir com os leitores da BBC Brasil os sucessos e fracassos dessa empreitada.
Durante uma semana, a jornalista Rose Silva, 43 anos, seu marido, o cientista político Giorgio Romano Schutte, 46, e os filhos, Isadora, 11, e Angelo, 8, vão relatar as pequenas mudanças que farão em sua rotina com o objetivo de reduzir seu impacto ambiental.
Tradução do termo inglês ecological footprint, a pegada ecológica é um indicador de sustentabilidade que mede o quanto de recursos naturais pessoas, famílias, empresas ou países consomem e o quanto de lixo produzem no período de um ano.
A experiência da família de Rose não pretende ser científica, já que não se mediu sua pegada ecológica em detalhes antes do início dos relatos e também não se pretende fazer uma medição formal ao fim de apenas uma semana.
Aqui o termo será usado no sentido de demonstrar mudanças simples de comportamento que podem tornar o dia-a-dia de uma família mais sustentável.
Depois de fazer um resumo de seus hábitos cotidianos, a família recebeu dicas de especialistas do Instituto Akatu pelo Consumo Consciente, entidade focada na mudança de comportamento do consumidor.

Rotina

Rose, o marido e os filhos vivem em uma casa de três quartos no bairro de Vila Mariana, em São Paulo, e têm rotina semelhante a de muitas famílias de classe média das grandes cidades brasileiras.
As crianças estudam perto de casa, e costumam ir a pé para a escola. Na volta, usam transporte escolar.
Rose também vai a pé para o trabalho. Giorgio, porém, é pesquisador do Ipea em Brasília, e passa a semana na capital federal. Lá, ele usa o transporte público.
O carro acaba saindo da garagem somente nos finais de semana, o que reduz bastante as emissões de gases causadores do efeito estufa. No entanto, as viagens semanais de avião feitas por Giorgio são fonte de emissões.
Segundo os especialistas do Instituto Akatu, usar cada vez menos o automóvel e mais o transporte público, bicicletas ou mesmo se deslocar a pé ajuda a reduzir as emissões. São necessárias nove árvores para absorver as emissões anuais de um carro pequeno a gasolina que roda 30 Km por dia.
Em casa, Rose tenta não deixar luzes acesas ou aparelhos eletrônicos, como TV ou computador, ligados quando não há alguém no ambiente. Segundo ela, porém, as crianças nem sempre têm esse cuidado.
A família também separa o lixo seco do orgânico e tenta evitar o desperdício de alimentos. A maior parte do lixo produzido no país é de restos de comida, e o lixo orgânico de apenas um brasileiro emite, ao final de um ano, um volume de gases de efeito estufa equivalente ao absorvido por três árvores.
De hoje a sexta-feira, os leitores da BBC Brasil poderão acompanhar como Rose e sua família vão tentar alterar alguns hábitos em busca de um estilo de vida mais sutentável. Ao final dessa jornada, um especialista do Instituto Akatu vai avaliar o sucesso do desafio.
Fonte: BBC Brasil

Oceanos podem estar escondidos sob a crosta da Terra, indica estudo


Um estudo que mediu a eletrocondutividade no interior do planeta indica que talvez haja imensos oceanos sob a superfície da Terra.
A água é um condutor extremamente eficiente de eletricidade.
Por isso, cientistas da Oregon State University, nos Estados Unidos, acreditam que altos níveis de condutividade elétrica em partes do manto terrestre - região espessa situada entre a crosta terrestre e o núcleo - poderiam ser um indício da presença de água.
Os pesquisadores criaram o primeiro mapa global tridimensional de condutividade elétrica do manto. Os resultados do estudo foram publicados nesta semana na revista científica Nature.
As áreas de alta condutividade coincidem com zonas de subducção, regiões onde as placas tectônicas - blocos rígidos que compõem a superfície da Terra - entram em contato e uma, geralmente a mais densa, afunda sob a outra em direção ao manto.
Geólogos acreditam que as zonas de subducção sejam mais frias do que outras áreas do manto e, portanto, deveriam apresentar menor condutividade.
"Nosso estudo claramente mostra uma associação próxima entre zonas de subducção e alta condutividade. A explicação mais simples seria (a presença de) água", disse o geólogo Adam Schultz, coautor do estudo.
Mistério geológico
Apesar dos avanços tecnológicos, especialistas não sabem ao certo quanta água existe sob o fundo do mar e quanto dessa água chega ao manto.
"Na verdade, não sabemos realmente quanta água existe na Terra", disse um outro especialista envolvido no estudo, o oceanógrafo Gary Egbert. "Existem alguns indícios de que haveria muitas vezes mais água sob o fundo do mar do que em todos os oceanos do mundo combinados."
Segundo o pesquisador, o novo estudo pode ajudar a esclarecer essas questões.
A presença de água no interior da Terra teria muitas possíveis implicações.
A água interage com minerais de formas diferentes em profundidades diferentes. Pequenas quantidades de água podem mudar as propriedades físicas das rochas, alterar a viscosidade de materiais presentes no manto, auxiliar na formação de colunas de rocha quente e, finalmente, afetar o que acontece na superfície do planeta.
E se a condutividade revelada pelo estudo for mesmo resultado da presença de água, o próximo passo seria explicar como ela chegou lá.
"Se a água não estiver sendo empurrada para baixo pelas placas, seria ela primordial? (Estaria) lá embaixo há bilhões de anos?", pergunta Schultz.
"E se foi levada para baixo à medida que as placas lentamente afundam, seria isso um indício de que o planeta já foi muito mais cheio de água em tempos longínquos? Essas são questões fascinantes para as quais ainda não temos respostas".
Os cientistas esperam, no futuro, poder dizer quanta água estaria presente no manto, presa entre as rochas.
Este estudo teve o apoio da Nasa, a agência espacial americana.
Fonte: BBC Brasil

Aquecimento Global 'beneficiou Império Inca', diz estudo


Um estudo de sedimentos encontrados na região de Cuzco, no Peru, sugere que o antigo Império Inca se beneficiou de um período de aquecimento global que durou cerca de 500 anos - exatamente na época em que aquela civilização conheceu seu maior apogeu. O estudo, coordenado pelo pesquisador Alex Chepstow-Lusty, do Instituto Francês de Estudos Andinos em Lima, capital peruana, analisou como a evolução social e econômica verificada durante os anos incas se relacionam às mudanças climáticas nos Andes no mesmo período.
A conclusão é que séculos de temperaturas elevadas melhoraram as condições agrícolas e permitiram o cultivo de alimentos para sustentar uma população crescente e um exército poderoso.
O estudo analisou uma seqüência de sedimentos do lago Marcacocha, localizado 12 km ao norte de Ollantaytambo, um dos grandes assentamentos incas, contendo evidências das mudanças climáticas ao longo de milênios.
A pesquisa foi publicada no número atual na revista científica Climates of the Past.
Evidências
Durante a maior parte do primeiro milênio depois da era cristã, os sedimentos indicaram pouca presença de agricultura sustentada no lago, o que corresponderia a um período relativamente frio na região. A partir do ano 880, entretanto, os sedimentos passam a indicar um período de seca, que teria ocasionado a redução do volume do lago e eliminado duas culturas rivais andinas, os Wari e os Tiwanaku.
A elevação da temperatura nos Andes a partir de 1100 foi, na visão dos pesquisadores, literalmente o divisor de águas na evolução da civilização inca.
O derretimento das geleiras coincide com o advento de técnicas de irrigação que permitiram aos incas elevar sua produtividade agrícola e alcançar altitudes mais elevadas.
"Essa condição de aquecimento teria permitido aos Incas explorar as atitudes mais elevadas (após o ano 1150), construindo terraços agrícolas que empregavam irrigação alimentada por geleiras, em combinação com técnicas agroflorestais deliberadas", escreveram os pesquisadores.
Os pesquisadores relataram diversas evidências de pastos para llamas ao redor do lago entre 1100 e 1400, assim como de plantações de batatas nas áreas mais elevadas e de milho nos locais mais baixos. Além disso, eles verificaram níveis altos de pólen da Alnus acuminata, uma árvore andina cuja ocorrência está ligada ao reaproveitamento de solos agrícolas degradados.
Isto tendeu a desaparecer a partir do século 16, coincidindo com a chegada dos colonizadores espanhóis, em 1532.
"No contexto de doenças e de uma população decrescente, as comunidades foram forçadas a migrar ou a trabalhar sob o sistema de encomienda (escravidão por dívidas)", afirmaram os pesquisadores.
"A paisagem anteriormente cultivada rapidamente cresceu de forma descontrolada e os canais de irrigação e os terraços não mais foram mantidos, caindo em desuso."
Quando a ocupação agrícola da área voltou a ocorrer, após 1600, a ocupação se deu de forma bastante diferente, com os europeus trazendo seus próprios animais e técnicas agrícolas para a zona.
Conclusões
Para os pesquisadores, as evidências permitem estabelecer uma relação entre o desenvolvimento da civilização inca e as mudanças climáticas ocorridas nos Andes, sobretudo nos 400 anos mais significativos do império.
"Embora este crescimento meteórico tenha sido em parte devido à adoção de estratégias sociais inovadoras, apoiadas por uma grande força de trabalho e um exército poderoso, sustentamos que isto não teria sido possível sem o aumento da produtividade das colheitas, que está ligada a condições climáticas mais favoráveis", eles escreveram. Eles chamaram atenção para o fato de que o aquecimento na região do lago Marcacocha é apoiado por evidências semelhantes em outras regiões dos Andes. É cada vez maior a atenção dada por pesquisadores a um período de temperaturas globais maiores entre os séculos 9º e 14º da Idade Média em relação aos tempos modernos.
"A visão prevalente desse intervalo é a de que temperaturas elevadas foram experimentadas com certa intermitência e que, em certas regiões, se caracterizou por anomalias climáticas como secas prolongadas, aumento do nível de chuva e ventos de monções mais fortes", afirmaram.
Para eles, as evidências colhidas no lago Marcacocha não só reforçam os estudos sobre este fenômeno - que ainda é objeto de discussões no meio acadêmico - como apontam para um efeito positivo dele.
Para os cientistas as conclusões de quase mil anos atrás podem ser úteis no mundo de hoje. "Pode haver lições importantes para gerar desenvolvimento rural sustentado nos Andes à luz da futura incerteza climática", eles disseram.
Fonte: BBC Brasil

Fogão acústico converte biomassa em eletricidade


Um gerador de baixo custo pode ser uma benção para as populações dos países mais pobres do mundo. O projeto Score, coordenadoo pela Universidade de Nottingham, está desenvolvendo um fogão de queima de biomassa que também converte calor em energia acústica e então, em eletricidade, tudo em um único aparelho.
Os 2 milhões de libras (cerca de R$ 6,3 milhões) do projeto Score (sigla em inglês para “Fogão de Cozinhar, Refrigeração e Eletricidade”) tem unido especialistas do mundo todo para desenvolverem um gerador movido a biomassa. Um aparelho doméstico versátil e acessível como o Score pretende suprir as necessidades energéticas de comunidades rurais na África e na Ásia, onde o acesso à energia é extremamente limitado.
Pesquisadores do Departamento de Engenharia Elétrica e Eletrônica da Universidade de Nottingham estão trabalhando no gerador Alternador Linear – a parte que transforma energia sonora em eletricidade. O sistema usa configurações especiais de ímãs que geram energia elétrica a partir do som. Simulações computadorizadas do alternador linear foram bem sucedidas, e protótipos estão sendo construídos nas oficinas do departamento.
Os pesquisadores de Nottingham estão trabalhando com Dai-ichi, um dos maiores fabricantes de alto falantes da Malásia, para reduzir os custos de produção por meio de um projeto prático. Apesar de uma unidade do Score não lembrar fisicamente um alto falante comum, ele é compatível o processo de produção da Dai-ichi.
O objetivo do projeto Score é criar um gerador de alta eficência e baixo custo que possa ser usado nos países mais pobres do mundo. O gerador tem um custo-alvo de £20 (cerca de R$ 63) por lar, baseado na produção de um milhão de unidades. O gerador irá pesar entre 10 e 20kg. Espera-se gerar uma hora de uso de eletricidade por quilograma de combustível – que pode ser madeira, adubo, ou qualquer outro material de biomassa disponível localmente. [Scientific Blogging]

Reflexão


Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender...
O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...
Eu não tenho filosofia; tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe porque ama, nem o que é amar...